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No prefácio do livro Roteiros VII, que reúne as intervenções do chefe de Estado proferidas ao longo do último ano (que é como quem diz os dislates que o "senhor alemão" lhe vai permitindo dizer), Cavaco Silva diz: O Presidente (o que eu gosto de pessoas que falam de si mesmas na 3ªpessoa) deve actuar de forma ponderada e sensata, com equilíbrio e racionalidade, estudando os novos e complexos dossiês que emergem do programa de emergência financeira. Não pode deixar-se arrastar por pulsões emocionais ou afectar pelas tensões que sempre emergem nos tempos de crise.
Ou seja, o nosso coiso da República é um epicurista que põe em prática, todos os dias, a ataraxia.
Tal como Ricardo Reis, heterónimo de Fernando Pessoa, o nosso bacalhau seco pratica uma filosofia de vida através da qual pretende atingir a felicidade de forma tranquila e sem perturbações, desfrutando dos prazeres sempre com moderação. É uma forma passiva de viver a vida, ou melhor, de ficar a ver a vida passar.
Sugiro, para melhor compreensão desta humilde teoria, que substituam a palavra Lídia, pela palavra Maria, no célebre poema de Ricardo Reis, Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)
Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.
Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassosegos grandes.
Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.
Amemo-nos tranquilamente, pensando que podiamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.
Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento —
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.
Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.
E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim — à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.
Ricardo Reis, in "Odes"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Nota: devo referir que esta situação não se aplica ao caso BPN.
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