Ricardo Araújo Pereira responde com humor aos que criticam os Gato Fedorento por falta de originalidade relativamente ao genérico do programa que têm no ar na RTP 1, ‘Diz Que É Uma Espécie de Magazine’. Por isso, diz que o quarteto, vai, inclusive, começar a produzir a sua próprio roupa.
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“No dia em que apresentámos o genérico [de ‘Diz Que é Uma Espécie de Magazine’] à imprensa, explicámos de onde tinha surgido a ideia e a razão pela qual decidíramos manter, no início, a frase ‘Un, deux, trois, quatre’, um bocadinho bizarra estando nós em Portugal”, lembra Ricardo Araújo Pereira ao CM, sublinhando: “Não escondemos nada, porque não pretendemos ser músicos. Era óbvio que não tínhamos sido nós a compor a música e dissemo-lo.
O motivo pelo qual, no genérico, não há referências a Claude François é muito simples: a canção que ele canta é, basicamente, a conhecidíssima música tradicional inglesa ‘Three Blind Mice’ (http://youtube.com/watch?v=kPNC1WsVxdU), que existe pelo menos desde o século XVI. Sendo uma música popular, o autor é, naturalmente, desconhecido. Não tem direitos de autor. Como foi o maestro Ramón Galarza a fazer os arranjos, é ele que assina esta versão. Nós somos os autores do programa mas não percebemos nada de música. No entanto, quem percebe explicou-nos que era assim e, portanto, foi assim que fizemos.”
“Peço desculpa às pessoas que estavam convencidas de que nós compúnhamos música. E os Painéis de São Vicente, que utilizámos no genérico da série ‘Lopes da Silva’, também não foram pintados por nós. E confesso que também não pedimos autorização ao autor para os usar”, diz ao nosso jornal Ricardo Araújo Pereira, acrescentando: “Há quem diga que somos humoristas, mas cá no fundo nós sabemos que não há desculpa para esta falta de originalidade nas músicas e nos quadros que utilizamos. Se queremos usar quadros e músicas, devemos pintá-los e compô-las. Também vamos passar a costurar a roupa que usamos. Neste momento, estamos a usar fatos cuja autoria é de uns senhores italianos. Vamos acabar com esta falta de originalidade.”
Quanto à nova temporada, que arrancará em Setembro, Ricardo Araújo Pereira só revela um pormenor: “Seja o que for que fizermos, o genérico será copiado.”
In Correio da Manhã, 28 de Maio de 2007
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