E O DOUTOR CAVACO JÁ SABE?

(gamado do blogue Câmara Corporativa que já tinha gamado do blogue Zero de Conduta)
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(gamado do blogue Câmara Corporativa que já tinha gamado do blogue Zero de Conduta)
Não, não é o nome de uma qualquer banda de música rock. É o nome que se dá à troca de cargos públicos sempre que o governo muda. Se o governo é PSD, toca a varrer todos os que são rosa; se o governo é PS, toca a varrer todos os que são laranja. É assim desde há muito tempo, e o actual executivo não foge à regra. Apesar de apoiar a maioria das suas decisões não posso deixar de manifestar, tal como sempre fiz, a minha total discordância perante uma atitude que considero incorrecta e pouco democrática. É o que tem acontecido nos últimos tempos. Casos como o do professor Charrua ou o da directora do centro de saúde de Vieira do Minho, não são mais do que isso (e já é muito!): o governo PS está a varrer a casa, posicionando os seus boys rosa nos cargos que antes eram dos boys laranja que por sua vez já tinham varrido em tempos os rosa que por sua vez….. Enfim, a dança instalou-se de tal maneira que desde o governo de Santana Lopes (ou mesmo antes) se deixou de ouvir falar de um assunto que em tempos fez correr muita tinta. Ou seja, passou a ser uma situação normal. E assim continuaria (infelizmente) se o principal partido da oposição (se é que se lhe pode atribuir tal definição) não se tivesse lembrado, à falta de mais e melhores argumentos, de fazer um aproveitamento político desta atitude. Não para a criticar ou até, quem sabe, tentar acabar com ela, mas sim para, pasme-se, lançar uma espécie de confusão nacional, fazendo crer que os tempos da ausência de liberdade de expressão e da bufaria estão de volta! Que o Charrua e a directora do tal centro de saúde não foram reconduzidos nos cargos que ocupavam por terem gozado com elementos do governo nos respectivos locais de trabalho. Ora tomem juízo! Se assim fosse meio Portugal estaria no olho da rua há muito tempo. Isto só vem provar que neste momento não existe uma oposição realmente empenhada em criticar o executivo, apresentando propostas alternativas ou, quando for caso disso, ajudar o governo na aplicação das medidas necessárias ao país. O que temos, isso sim, é uma oposição suja que tenta a todo o custo passar aos portugueses a imagem de um governo opressor comandado por uma espécie de ditador. Espero que os portugueses não se deixem levar por esta farsa encenada pelo principal partido da oposição em consonância com alguns lobbies que por aí andam aflitos com algumas mudanças que lhes vieram alterar os planos.
Ontem, no Eixo do Mal falou-se, como não podia deixar de ser, do caso do professor António Balbino contra quem José Sócrates apresentou uma queixa crime por difamação. Logo se levantaram vozes evocando, como começa hoje a ser hábito de alguns, tempos idos de opressão e ausência de liberdade de expressão. Enumeraram-se até mais alguns casos recentes que essas vozes colocam dentro do mesmo saco. Felizmente estava lá o Daniel Oliveira que, com a sua lúcida análise à qual já nos acostumámos, disse aquilo que qualquer pessoa que pense pela sua cabeça e não esteja cega por outras intenções diria: José Sócrates está no seu pleno direito de apresentar esta queixa crime visto que se sentiu difamado. Vivemos numa democracia e esse direito não lhe pode ser negado. Daniel Oliveira não está de acordo com a grande maioria das medidas tomadas pelo actual governo, mas isso não o impediu de fazer uma análise racional e objectiva que muitos não conseguem fazer. Estão inseridos neste grupo o próprio António Balbino e seus defensores que, no blogue DoPortugal profundo, gritam slogans que mais parecem tirados de outros tempos, caluniando, de forma por vezes bastante agressiva, todos aqueles que não alinham pela sua medida. Posso mesmo dizer que alguns comentários foram pura e simplesmente apagados por apresentarem opiniões muito parecidas com a de Daniel Oliveira.
Daniel Oliveira acrescentou ainda que José Sócrates, com esta queixa crime, poderá sofrer consequências políticas graves uma vez que veio trazer novamente para a praça pública um assunto (do seu percurso académico) que já estava esquecido. Esta atitude só vem provar a nobreza de carácter de José Sócrates. Limpar a honra é a prioridade principal, ainda que isso possa trazer dissabores políticos. Como diz o povo: quem não se sente não é de boa gente.
Joe Berardo é decididamente o segundo madeirense mais carroceiro que eu conheço. Penso que não será necessário dizer qual é o primeiro. Mas existe uma pequena diferença entre os dois: um é carroceiro assumido, daqueles que nunca pediu desculpa às dezenas de pessoas que já ofendeu ao longo do seu reinado; o outro é carroceiro coberto pelo manto da cultura e da arte. E, por isso, já veio pedir desculpa a Rui Costa. Para mim esta coisa judaico-cristã do arrependimento depois do erro não pode servir para tudo.
Já não nos bastava um, agora ainda temos que aturar mais este?