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A Ritinha

O blogue das birrinhas da Ritinha. Umas melhores, outras piores. Como tudo na vida.

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26.Mar.08

Pessoal, não é para começarem já a esbanjar......

Iva baixa para 20%

26 de Março de 2008, 15:51

 

O Governo anunciou esta tarde a descida do IVA de 21 para 20% após serem conhecidos alguns dados sobre o desempenho das contas públicas de 2007.

O Défice no ano passado foi de 2.6%. Segundo José Sócrates, este é o valor mais baixo nas últimas décadas.

O «País tem as contas públicas em ordem. Estes resultados restauram a credibilidade de Portugal e reforçam a confiança».

 A Dívida Pública também baixou, antecipando em um ano o objectivo do Governo.

O Primeiro-Ministro traçou também uma expectativa positiva para os resultados deste ano. O objectivo do Governo é baixar o défice para 2.2%. A perspectiva anterior apontava para 2.4%.

O IVA tinha sido aumentado no início da legislatura, de 19% para 21%. Na altura  o aumento foi justificado pela necessidade de aumentar a receita fiscal.

A nova taxa do IVA, de 20%, deverá entrar em vigor em 1 Julho.

 

18.Mar.08

Só isto para me fazer levantar do meu sofá!!!

Estou sintonizada na ARtv. Discute-se a Educação. Com Ministra e tudo.

Mas o que me fez levantar do meu sofá e vir aqui escrever isto não foi nada disto. Esta conversa já eu conheço. Todos os dias a oiço na minha escola. O que me fez levantar do meu sofá e vir aqui escrever isto foi um visão das galerias da AR.

 

Oh, visão dantesca!!!!

Oh, cenário da família Adams!!!

 

Nas galerias da AR vejo quem?

Mário Nogueira. Ele próprio. Rodeado de seis belas mulheres.

Riem e fazem trejeitos de gozo à medida que a ministra responde ao deputados. Terão aprendido com os seus alunos mais mal comportados?

São todas iguais e eu, sem as conhecer, já as vi a todas em qualquer sítio.....

Tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é fado!!!

Quanto à ministra? Estou a gostar, pois que estou.

03.Mar.08

BOA!!!!!!!

Pela Educação é preciso educar os sindicatos

 

Paulo  Baldaia, Director da TSF

Fazer reformas que impliquem os funcionários públicos é brincar com o fogo e não há ministro que não saia chamuscado. Acontece até que há ministros, como Correia de Campos, que são queimados na praça pública. Manifestações atrás de manifestações levaram Sócrates a concluir que o ministro não ajudava ao bom desenvolvimento da política de saúde determinada pelo Governo.

Correia de Campos já faz parte da história e agora as manifestações, convocadas por sms ou trabalhadas com afinco pela Fenprof, são dirigidas contra Maria de Lurdes Rodrigues. Para a semana está marcada uma hiper, mega, gigantesca manif contra a ministra. A verdade é que muitos professores e muitos dos seus familiares não gostam que lhes mexam com a vida.

São anos e anos em auto-gestão. Com professores a faltar e os alunos a gozar o furo sem nada aprender e nada fazer. As aulas de substituição são já um dado adquirido, mas há bem pouco tempo havia gritos sindicais, atrás de gritos sindicais, contra a blasfémia ministerial.

Aliás, até uma boa medida como a estabilidade na colocação dos professores mereceu criticas dos sindicatos. Sempre que se pede aos professores que se adaptem ao novo mundo, pode até acontecer que a maioria dos docentes esteja disponivel para a mudança, mas os sindicatos é que não estão, nem estarão, para aí virados.

Sobre a mais recente polémica com a avaliação dos professores, a maioria dos que são bons está a favor e não quer mais adiamentos provocados pela desculpa de que o sistema não é perfeito. É aqui que os sindicatos devem começar a mudar. Se a avaliação é absolutamente necessária, e é, se os sindicatos não concordam com o método, e não concordam, devem apresentar o método que na sua opinião mais se aproxima da perfeição. Ou seja, fazer parte da solução e não do problema.

É preciso educar os novos sinicalistas para que não fiquem à espera das decisões governamentais. É preciso que a contestação permanente seja substituída pela permanente mudança a partir de dentro.

Os professores, como os juízes, os médicos e restante Função Pública têm de perceber que o emprego para a vida, com todas e mais algumas regalias, é chão que deu uvas. É urgente fazer melhor com menos dinheiro, porque não há cofre público que aguente uma vida de porta aberta aos interesses das corporações.

A FNE quase desapareceu do mapa mediático e a Fenprof controla a seu belo prazer os medos da classe. Quem os ouve acredita que o Estado anda a olhar para os professores como bandidos. Cria-se a ideia de que existe uma perseguição sem sentido aos docentes e eles ficam mais disponíveis para o protesto.

O protesto é, aliás, livre. E é, muitas vezes, uma arma contra a injustiça. Mas talvez fizesse bem aos sindicatos olhar para a sondagem, divulgada ontem pela SIC, em que os portugueses aparecem a dizer que a educação melhorou.

Esperemos que esta pré-campanha eleitoral fora de tempo - falta mais de um ano para as legislativas - não faça a oposição e os sindicatos serem do contra por ser contra, nem o Governo recuar à procura de votos. Para bem do país, avaliem os professores. Mesmo com um método imperfeito.

E deixem que a reforma da educação siga em frente! Como está é que não pode ficar.

Jornal de Notícias, 01/03/2008