MISSIONÁRIA PÚBLICA? NÃO, OBRIGADA.
Este (des)governo merece que se lhe tire o chapéu!
Está a conseguir fazer, finalmente, aquilo que há anos anda a tentar: destruir por completo o estado social,"pôr no sítio" os funcionários públicos, essa malandragem que nada faz e ganha mais do que os privados.
Soube entrar em cena no momento certo, este (des)governo! Aproveitou o ódio patológico que o povo tinha/tem em relação ao anterior governo (personalizado em José Sócrates) e conseguiu, com a ajuda da esquerda, rejeitar o PEC IV. De seguida conseguiu que o primeiro-ministro se demitisse. Seguiram-se eleições. E em quatro mesinhos apenas o novo (des)governo conseguiu implementar medidas que durante a campanha eleitoral eram impensáveis. Comparado com o actual, o anterior governo foi leve nas medidas tomadas , mas mesmo assim, nas palavras do CDS-PP, apresentava "uma imensa insensibilidade social, especialmente quanto aos idosos" e ultrapassava "o limite dos sacrifícios que podem ser impostos aos portugueses".
A que se deve a mudança radical deste (des)governo? Qual é o bode expiatório para um OE como nunca se viu?
Aos sucessivos "buracos" que todos os dias este (des)governo encontra? O único "buraco" que realmente se conhece é o da Madeira. Quanto aos outros começo seriamente a desconfiar, pois não consigo identificá-los. O povo acha mal, mas, pronto, tem que ser, que o que tem que ser tem muita força. O que ontem era uma grande injustiça, é hoje uma fatalidade da qual não se pode fugir. Mais um cenário ideal para este (des)governo. Um povo amedrontado, acomodado ao seu triste Fado. Um povo que, numa altura em que devia estar unido, se divide: os funcionários públicos e os trabalhadores, usando as palavras do próprio primeiro-ministro. Convém que assim seja, convém que muitos estejam contentes por finalmente haver alguém que põe na ordem esta corja de incompetentes que são os funcionários públicos. Alguém que os vai colocar no lugar de onde nunca deviam ter saído. Um lugarzinho onde ganham 700 ou 800 euros (mas que já não lhes garante um emprego para a vida, como no tempo de Salazar).
E depois da crise como será? Já alguém nos explicou?
É urgente rasgar este cenário e acabar com este filme de terror!
Para medidas de austeridade extremas, formas de luta extremas!
Sou funcionária pública, mereço respeito. Tenho uma função no meu país.
Não sou uma missionária pública!