Não há Festa como esta.....
Finalmente a FENPROF decidiu convocar/organizar uma manifestaçãozita, apanhando a boleia da greve dos médicos.
Eu não fui.
Apesar de estar muito zangada com este (des)governo, não participo em manifs organizadas por sindicatos altamente politizados que têm como último (quiçá mesmo único) objetivo derrubar governos (acho mesmo que, se algum dia existir um governo da sua cor, estes sindicatos desaparecerão naturalmente, pois o real alvo da sua luta deixará de existir). Considero que a verdadeira função de um sindicato é defender os direitos dos trabalhadores e não manipular os mesmos com objetivos meramente ideológicos.
Poderia, aproveitando a boleia, ir para a porta da Assembleia da República gritar as minhas revoltas (e são muitas!) contra este (des)governo. Mas sou coerente.
A propósito de coerência, não posso deixar de analisar a desproporcionalidade dos números: 100 000 professores no dia 8 de Março de 2008 e uns quantos, hoje, dia 12 de Julho de 2012. O que aconteceu? Como pode a máquina sindical/partidária conseguir mobilizar 100 000 professores em 2008 e hoje nem sei quantos...NINGUÉM se referiu a isso! E como podem os professores responder, em 2008, de uma forma tão forte a essa mobilização e hoje não?
Ontem como hoje, o objetivo dos sindicatos é o mesmo: derrubar governos. Já o tinha dito.
Mas.... e os professores? Ontem eram 100 000 contra a avaliação do seu desempenho. Hoje foram.....não sei quantos...NINGUÉM SE REFERIU A ISSO, contra o facto de lhes estarem a tirar, literalmente falando, o pão que metem para a boca. Não consigo compreender isto! Os professores estarão contentes hoje em dia? Ou terão percebido, finalmente, que não passam de marionetas nas mãos DESTES sindicatos? Ou será (que vergonha!) que a avaliação do seu desempenho é a única razão que realmente indigna e move a classe docente?
A esta altura da leitura do texto, já se ouvirão vozes críticas: ah e tal esta é daquelas que acha que não deviam existir sindicatos. NÃO. Eu acho é que ESTES sindicatos não interessam a ninguém. E não me venham com a história de que mais valem estes do que nenhuns. NÃO.
Porque, quando estes deixarem de existir, certamente se construirão outros. Melhores, espero.
PS: nem o Mário Crespo deu grande importância ao evento. Que diferença!
Corrijo, o Mário Crespo NEM falou do assunto!