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Quarta-feira, 27 de Março de 2013

De bestas a bestiais ou de como a teoria do Relvas até poderá fazer sentido

E na última semana de Março de 2013, algumas bestas começam a passar a bestiais.

Vou direta ao assunto. Tenho lido e ouvido, nesta  última semana, algumas prosas que vêm agora branquear elementos deste (des)governo.

Vou só dar três exemplos: Henrique Monteito, no Expresso, sai em defesa do Álvaro.

José Gomes Ferreira, um homem simples com soluções simples para todos os problemas do país e do mundo, o homem que diz sem papas na língua esta brilhante frase "A troika é ingénua, e o governo também" (José és o nosso salvador!), este homem vem também defender o Álvaro e, pasme-se, António Borges.

Vítor Bento considera que Vítor Gaspar só tem um senão: dificuldades de comunicação.

E pronto! É isto.

Não vai faltar muito para que alguém venha "limpar" o Relvas.

O povinho, esse, vai "cair que nem um patinho" e também já não há de faltar muito para o ouvirmos dizer: ah e tal, afinal o homem até nem  é tão mau como parecia. Aos costumes, perante o facto consumado e cada vez com menos forças para resistir e lutar (será que alguma vez o fez realmente?), o povinho deixa-se ficar, inerte, numa apatia agonizante.

O efeito Sócrates já começou a dar resultados?

Afinal, antes estes do que o Sócrates, vade retro satana.

 

 

E se o povinho, de repente, lhe dá para achar que, afinal, o Sócrates não era assim tão mau como parecia?

 

Nota: acrescente-se a este branqueamento, o argumento estafado do ah e tal o homem até quer fazer alguma coisa, mas os lobbies instalados não deixam e está completa a receita para o "rejuvenescimento" de um governo moribundo.

Entretanto os lobbies instalados vão continuar....isso mesmo: instalados. Como sempre.

 

sinto-me:

publicado por lindjona às 13:55

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Sábado, 23 de Março de 2013

....e porque ontem foi dia da poesia e o Sócrates vai ser comentador na RTP.....

NEVOEIRO
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser

Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo - fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quer,
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a Hora!

 

Fernando Pessoa, Mensagem



sinto-me:

publicado por lindjona às 00:30

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Segunda-feira, 11 de Março de 2013

...

No prefácio do livro Roteiros VII,  que reúne as intervenções do chefe de Estado proferidas ao longo do último ano (que é como quem diz os dislates que o "senhor alemão" lhe vai permitindo dizer), Cavaco Silva diz: O Presidente (o que eu gosto de pessoas que falam de si mesmas na 3ªpessoa) deve actuar de forma ponderada e sensata, com equilíbrio e racionalidade, estudando os novos e complexos dossiês que emergem do programa de emergência financeira. Não pode deixar-se arrastar por pulsões emocionais ou afectar pelas tensões que sempre emergem nos tempos de crise.

 

Ou seja, o nosso coiso da República é um epicurista que põe em prática, todos os dias, a ataraxia.

Tal como Ricardo Reis, heterónimo de Fernando Pessoa, o nosso bacalhau seco pratica uma filosofia de vida através da qual pretende atingir a felicidade de forma tranquila e sem perturbações, desfrutando dos prazeres sempre com moderação. É uma forma passiva de viver a vida, ou melhor, de ficar a ver a vida passar.

Sugiro, para melhor compreensão desta humilde teoria, que substituam a palavra Lídia, pela palavra Maria, no célebre poema de Ricardo Reis, Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.

 

Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassosegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podiamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento —
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.

E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim — à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.

Ricardo Reis, in "Odes"
Heterónimo de Fernando Pessoa

 

 

Nota: devo referir que esta situação não se aplica ao caso BPN.

 

sinto-me:

publicado por lindjona às 18:49

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