. Ontem foi dia de sentir, ...
No sábado, no programa Só Visto da RTP, fiquei a conhecer um espaço que existe em Londres onde qualquer um pode fazer o seu discurso (leia-se desabafo) seja qual for a temática. É na Speaker's Corner e eu acho o máximo! Já estive em Londres, mas não sabia da existência de tal espaço. Assumo pois a minha ignorância publicamente, uma vez que esta qualidade (a de assumirmos que não sabemos, e pronto) está hoje em dia em vias de extinção. Já agora assumo também que vejo televisão e,… pasmem-se os intelectuais de pacotilha, até vejo o Só Visto!
O que eu quero aqui dizer, indo directamente ao assunto, é que, em Portugal, estamos urgentemente necessitados de um espaço destes. Um espaço onde cada português possa exteriorizar a sua revolta e opinar sobre temas tão variados como: futebol, política nacional e internacional, economia, a telenovela Páginas da Vida (sim, também vejo. Desculpem-me qualquer coisinha os tais intelectuais…), o conflito israelo-árabe, o conflito com a vizinha de cima que estende a roupa a pingar, o programa Portugal, um retrato social, do António Barreto (deste os tais intelectuais gostam), a dignidade, ou a falta dela, dos funcionários públicos e, principalmente, dos professores, o percurso académico do primeiro ministro (para esta temática penso que teria de haver marcações), o facto do Bush já não fazer parte dos 100 mais influentes do mundo, as touradas, afinal Jesus Cristo era ou não casado?, a proibição de fumar, e por aí fora… Com um espaço destes o cidadão português poderia, portanto, discursar sobre tudo isto e, ainda mais importante, teria sempre público garantido. Penso que esta actividade traria alguma paz a muitas mentes desassossegadas que andam por aí. E, melhor ainda, traria algum sossego àqueles que diariamente convivem com essas almas inatamente revoltadas (como diriam os meus alunos: tipo morto por ter cão e por não ter). Parece que estou a ver, por exemplo, alguns colegas meus passarem pelo tal sítio, fazerem o seu discurso e, depois, então, já mais aliviados, dirigirem-se ao seu local de trabalho! Uma perfeita terapia! E que bom não ter que os ouvir, todos os dias, dizer a mesma coisa, reclamar por aquilo que ontem até achavam bem, mudar de opinião como quem muda de camisa, conforme a temperatura ambiente. A última, depois do caso das habilitações do Sócrates, é a proibição de fumar. Que é um atentado à liberdade individual, que a lei é fascista, mesmo nazi (parece que agora cai bem dizer isto. Ah e tal, ele chegou a minha casa e queria fumar na minha cozinha e eu pedi-lhe para não o fazer. É pá isso foi mesmo uma atitude fascista!). Que se podia muito bem fazer uma lei mais equilibrada. Perdão!? Uma lei mais equilibrada?! O que quererá isto dizer? Nenhum daqueles a quem ouvi esta pérola, explicou ainda como é que uma lei que proíbe pode ser equilibrada. Se proíbe, proíbe, e pronto! Não se pode fumar no local de trabalho, não se pode, ponto final. Somos seres racionais e, como tal, somos capazes de controlar os nossos desejos. Ou será que não? Não há muitos anos atrás podia-se fumar nas salas de espectáculo. É verdade! Depois proibiu-se.Inicialmente houve muitos que pensaram nunca mais entrar numa sala de cinema, pois achavam que nunca conseguiriam aguentar duas horas sem fumar uma boa cigarrada. A experiência mostra que não foi assim. Hoje em dia ninguém deixa de ir ao cinema por não poder fumar dentro da sala. O mesmo se está a passar agora. O fumador pergunta Como vou conseguir aguentar tantas horas sem fumar? É evidente que consegue. Ah, mas isto é ir contra a liberdade individual de quem fuma! Pois é. Mas a liberdade de cada um tem regras, porque cada um faz parte de um todo que se chama sociedade. Todos adoramos estar esticados em nossos sofás, descalços, fumando um cigarrinho, enquanto vemos um filme. Fazemos isto em nossas casas, não fazemos no cinema, nem no local de trabalho. Não vamos descalços para o trabalho, nem é necessária uma lei que o proíba. Também não deveria ser necessária uma que proíba fumar no local de trabalho. Cada um já deveria ter interiorizado que não deve fazê-lo, porque simplesmente há coisas que nós só fazemos em nossas casas, outras no local onde trabalhamos, outras na rua, outras na praia, outras no campo, e por aí…. Resta lembrar que ir descalço para o trabalho não prejudica ninguém (nalguns casos), fumar prejudica todos os que estão à nossa volta. A primeira é uma regra social já interiorizada por todos, a segunda, sendo também uma regra social, ainda necessita de uma lei para se fazer cumprir. Que há pessoas que não aceitam estas regras e estas leis. Pois há. São aquelas que decidem viver completamente out, ou seja, à margem da sociedade. Cabe a cada um, de forma livre, optar.
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